segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Escolhendo a Agência/Empreiteira


Continuando a série Sobrevivendo no Japão, vamos a um tópico muito importante que é a escolha da agência/empreiteira/serviço.

Existem muitas agências pelo Brasil todo que arranjam emprego no Japão, fazem a colocação, auxiliam com a documentação e fazem todo o processo de tramitação.

Mas como devemos escolher a agência correta?



Na verdade, não existe nenhuma fórmula secreta ou mágica para isso, também não existem empresas que suprirão todas as suas necessidades e expectativas e muito menos que agirão 100% do jeito que você desejaria que fosse.

Em primeiro lugar, verifique a idoneidade da agência, pesquise sobre ela na internet, é importante ter um feedback antes de fechar negócio. Quanto a qualquer uma, você encontrará problemas relatados, mas segue uma lista com o que deve-se levar em consideração.

-A empresa busca no aeroporto?
Algumas empreiteiras não buscam as pessoas no aeroporto, o que é muito estranho, já que muitos vão para o Japão pela primeira vez e não conhecem absolutamente nada, não sabem se virar.

-Qual o tipo de apartamento que a empresa disponibiliza?
Existem vários tipos de apartamento, de oriyo(espécie de albergue) a apartamento de vários quartos.
Se planeja ir sozinho, escolha quitinete, de casal, uma quitinete ou um de dois quartos e com família, pegue no mínimo de dois quartos. Verifique também o valor de aluguel, o estado de conservação do apartamento, se possui água quente em todas as torneiras, ar condicionado quente e frio e se os banheiros são separados (banheiros em que a privada fica no mesmo local que o chuveiro costumam serem horríveis). Localização do apartamento (comércios que existem próximos ao local) é um fator importantíssimo, já que você não terá como se locomover de carro e dependerá de seus próprios pés ou no máximo uma bicicleta para fazer suas compras.
Salientando que caso você viaje sozinho(a) não é bom dividir apartamento com desconhecidos, já que por mais que no começo a situação financeira aperte, problemas maiores poderão e irão surgir caso você divida apartamento.

-Quanto a agência cobra pelas documentações?
A grande vantagem de ir por uma agência é que ela faz todo o processo do visto auxiliado por um despachante que conhece bem do assunto, dar entrada no visto por conta própria é praticamente se fadar ao fracasso. Mas quanto cobram por isso?
A maior parte dos documentos, que são os que se emitem no Brasil, você pode tirar direto nos postos de atendimento destinados a isso. As agências costumam auxiliar no preenchimento do formulário virtual da solicitação de passaporte e algumas cobram alguma taxa irrisória. Peça para as agências te auxiliarem, já que costuma ser bem chato o preenchimento desse formulário.
Os únicos dois itens que você realmente vai depender da agência é o Koseki Tohon e o visto. Para o Koseki Tohon, geralmente é cobrado uma taxa em torno de 150 reais e o visto é cobrado em torno de 250 reais.

-Como funciona o financiamento da passagem?
Toda agência irá cobrar uma taxa de colocação, que é algo em média de 140,000 ienes e se você financiar a passagem, a média da soma desses dois itens gira em torno de 330,000 ienes. O financiamento varia de agência pra agência, sendo dividido geralmente de 4 a 6 meses descontado em folha de pagamento no Japão.

-É necessário ter um fiador?
Quando você entra com o visto, a empreiteira entra como seu fiador de visto no Japão, porém, as agências no Brasil costumam sim pedir um fiador do financiamento da passagem e taxa de colocação. Fique bem atento quanto a isso, já que a carta de garantia deve ser muito bem lida e deve ser autenticada com simples confirmação de firma tanto de quem está financiando como do fiador, não devendo envolver nenhum bem pessoal para garantir o financiamento. Antigamente não pediam fiador da passagem, porém, devido a vários calotes que as agências tomaram de brasileiros (foram muitos mesmo), eles solicitam um fiador, então, se pedirem mais de um, procure outra agência.

-Como escolher a vaga de emprego?
Existem vários tipos de fábrica no Japão, sendo três principais ramos de atuação que costumam estar disponíveis nas agências que encaminham pra elas: alimentos, eletrônicos e auto-peças.
Dentre essas três, existem médias de salário (sempre contado como salário por hora) que seguem uma padronização de média salarial, a ordem crescente de qual paga mais ou menos por hora é: alimentos, eletrônicos e auto-peças.
Mas então, qual é melhor? Isso depende de vários fatores, que incluem seu perfil e o que você deseja.
Setor de alimentos costuma pagar pouco por hora, porém, no total de horas extras que se faz, o salário fica com uma média boa (muitas vezes sendo o mais alto) se você trabalhar muito mesmo.
Setor de eletrônicos tem uma média de salário por hora um pouco baixa, porém, são serviços mais leves.
Setor de auto-peças costuma ter um bom salário por hora, mas se o salário no final do mês vai compensar, depende da escala (tanto de horários quanto de horas extras).
Eu sempre costumo dizer que o que mais compensa é auto-peças, 5x2 (ou você acreditar que aguenta o tranco, 6x1 paga melhor ainda) em escala nikotai (uma semana de dia e uma a noite), já que trabalhar só de noite é terrível, apesar de ter mais extras a somar no pagamento.

Bom, acredito que por enquanto é isso. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato conosco através do formulário do menu Contatos e fique atento, na próxima matéria irei abordar quais são os deveres da empreiteira para com o funcionário, nos acompanhe e curta nossa Página do Facebook.

Até mais!!!

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